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Memórias 2015 1/3


Há cinco anos, 2015, saía de São Paulo, com a convicção de ter/fazer/acontecer uma “letterpress”. Estava boquiaberto depois do workshop na oficina tipográfica de São Paulo, em que pude tocar e ver as máquinas pela primeira vez.

Até na hora do intervalo do almoço, não fui comer, para poder observar o "Seu Paraná" arrumar a excêntrica linotipo, que não havia colaborado no turno da manhã. Ele me deixou fazer várias linhas de teste, e confirmar se a máquina voltava no ponto.


Não sabia o que era essa certeza, o que mesmo significava isso: se era pra ter um negócio, se era colecionar essas ferramentas. Se era fazer mais oficinas assim, sujar as mãos. Mas lembro bem da sensação do peito cheio, uma firmeza, do quero em letras maiúsculas na cabeça, enquanto a estrada completava seis horas de viagem.

Cinco anos depois, 2020. Estou aqui no meu ateliê. Pinhais-PR. Até parecido com um dos ângulos da oficina tipográfica de são paulo. Uma catu minerva, uma heidelberg de leque, muito papel pela frente. E nova certeza: que continue.

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